Os Mestres espirituais

Todos nós temos uma centelha divina, atman dentro de nós. Em comunhão com ela somos guiados para a realização do nosso propósito nesta vida. No entanto em fases da nossa vida podemos estar fragilizados ou então não sabemos como atingi-lo e nos manter nesta conexão. è aí que precisamos do Mestre espiritual, ele ilumina nossos passos e nos mostra o caminho.

São inúmeros os Mestres espirituais de todos os tempos e raros os que estão encarnados entre nós.

Com o poder da fé , a graça divina e a ajuda de um Mestre realizado, podemos nos conectar e superar as dificuldades que envolvem praticamente qualquer questão ou problema nas nossas vidas.
Muitos credos, crenças e religiões possuem Mestres espirituais que têm o poder de intervir satisfatoriamente no processo saúde-doença. É preciso respeito e coerência para que as relações terapêuticas sejam desenvolvidas em harmonia e possam promover a evolução e elevação espiritual entre todos. 

Ter saude, ou uma postura saudável frente aos problemas sejam eles doenças ou agravos é muito importante para a recuperação, aceitação ou engajamento em uma causa ou grupo de referência.

No caso de profissionais de saúde, transformando o seu modo de perceber os problemas , mudam os pensamentos, palavras e atitudes, o que pode ter um impacto positivo e marcante na vida dos pacientes.

Em se tratando do paciente o impacto é na qualidade de vida e interações independentemente da situação ou prognóstico.

Quando ocorre uma relação dialogal entre pacientes e trabalhadores da saúde , neste processo muitas vitórias são obtidas para ambos, o clima de trabalho passa a ser outro, as relações terapêuticas mais claras  bem como as respostas e reações do paciente e sua família.

Saúde e espiritualidade: Nascidos da poeira das estrelas

Se somos nascidos da poeira das estrelas temos assim como elas nosso tempo de nascer, brilhar se transformar e voltar ao pó.

Espiritualidade é incluir a vida e a morte no nosso projeto de vida. 

Por que isso parece difícil?  porque nos apegamos ao prazer e esquecemos de que a dor faz parte, nos apegamos à vida material e esquecemos que a vida espiritual faz parte! 

porque vivemos do passado e do futuro e esqucemos que só existe o aqui e agora.

A respiração e o desapego nos ligam à dimensão da espiritualidade

Ah respirar é viver, respirar é morrer também , inspiramos e expiramos, neste complexo ato de um complexo mecanismo células nascem e morrem , com a fecundação e criação de células  nosso corpo se desenvolve, com a oxidação aos poucos nosso corpo se transforma e se prepara para o envelhecimento e a morte.

Assim o tempo presente existe através da respiração

O despaego aos objetos dos sentidos, e da mente ordinária cheia de impressões , desejos e julgamentos é uma oportunidade de conexão com uma realidade sutil que pode nos conectar à dimensão espiritual no caso de saúde ou doença, celebração da vida ou da morte.

Assim o desapego nos faz desligar do cotidiano e adentrar a realizade sutil

Podemos e devemos pausar o fluxo initerrupto de dor ou prazer, de trabalho e atividades cotidianas, isso pode nos tornar mais fortes, nos fazer encontrar soluções simples e práticas para os nossos problemas e superar aquilo que é possível com garra e determinaçã.

Podemos nos conectar á dimensão espiritual estando no nosso cotidiano ou em momentos através, da reflexão, auto análise, meditação ou oração.

Espiritualidade e saúde : a dimensão espiritual do processo saúde-doença

A saúde é o resultado do processo de crescimento, desenvolvimento e envelhecimento do ser humano ,se inicia com a concepçao e  encerra seu ciclo com a morte física  é influenciado pela qualidade de vida e também das intervenções neste processo quando isso é possível.

As outras dimensões são a física  , a humana, a social, a psíquica, a subjetiva, a objetiva,  profissional, a natural , cientifica, e muitas outras que podem se aplicar a determinada situação-problema. A situação problema pode tem um plano individual, coletivo e subindividial.

Conhecidos os sujeitos das práticas de saúde e a situação problema é possível encontrar a base espiritual de qualquer processo-saúde no qual se deva intervir ou do qual se é protagonista.

As pessoas nascem e desenvolvem seu potencial humano na vida familiar ou social imediata, depois vão tecendo suas redes sociais ampliando ao local onde moram e conhecem, com os instrumentos físicos, mentais e sociais que dispõem . A dimensão espiritual pode estar amplamente desenvolvida ou então estar latente nos sujeitos das práticas sejam protagonias ou não das mesmas.

O Plano subindividual, individual e coletivo do processo saúde-doença :

"O plano subindividual seria o correspondente ao nível biológico e orgânico, fisiológico ou fisiopatológico. Nesse plano, o processo saúde-adoecimento seria definido pelo equilíbrio dinâmico entre a normalidade – anormalidade/funcionalidade – disfunções. Assim, quando a balança pender para o lado da anormalidade/disfunção, podem ocorrer basicamente duas situações: a enfermidade e a doença. A enfermidade seria a condição percebida pela pessoa ou paciente, caracterizando-a como queda de ânimo, algum sintoma físico, ou mesmo dor. A doença seria a condição detectada pelo profissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada como uma entidade ou classificação nosológica (NARVAI et al., 2008)."

"O plano individual entende que as disfunções e anormalidades ocorrem em indivíduos que são seres biológicos e sociais ao mesmo tempo. Portanto, as alterações no processo saúde-adoecimento resultam não apenas de aspectos biológicos, mas também das condições gerais da existência dos indivíduos, grupos e classes sociais, ou seja, teriam dimensões individuais e coletivas. Segundo essa concepção, a condição de saúde poderia variar entre um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois (NARVAI et al., 2008)."

"O plano coletivo expande ainda mais o entendimento sobre o processo saúde-adoecimento, que é encarado não como a simples soma das condições orgânicas e sociais de cada indivíduo isoladamente, senão a expressão de um processo social mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e relações, representados por determinantes do fenômeno nos vários níveis de análise: família, domicílio, microárea, bairro, município, região, país, continente etc. (NARVAI et al., 2008). Nessa linha, fica mais fácil compreender a definição de Minayo (1994 apud NARVAI et al., 2008) sobre saúde: “fenômeno clínico e sociológico vivido"

fonte:  Especialização em SAÚDE DA FAMÍLIA  UNA SUSProcesso saúde-doença    Lucila Amaral Carneiro Vianna Revisão de Celso Zilbovicius e Daniel Almeida Gonçalves

http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_conteudos/unidade01/unidade01.pdf

Espiritualidade e saúde : As nossas origens - o karma e dharma

 

 Muitos de nós desconhecem suas verdadeiras origens , nós somos uma alma imortal que vive em um corpo material ou animal.

Atman é o mais elevado princípio humano, a essência divina, sem forma e indivisível,  jivatman é o princípio que migra de uma existência para outra trazendo impressões de outros planos de existência e até mesmo de outras vidas. Brahman é chamado Paramātman ou o Ser Supremo aquele que cria , mantém e transforma tudo o que existe.

Quando evoluímos espiritualmente, nosso  jivatman  ( alma)   se funde ao atman e paramatman.

Este processo de evolução espiritual e humana implica na superação de obstáculos, do deixar velhos hábitos, impressões e conceitos dogmáticos e adotar cada vez amis uma atitude de contemplação da vida, de aceitação do que ela nos traz, de atitudes de gratidão por tudo, é um exercício contínuo uma lapidação de uma pedra bruta a partir do Ser interior imperecível. Ter a consciência de átman e paramatman e se deixar guiar por eles jivatman vai se transformando assim como toda a vida humana, é um processo de transformação.

  Somos seres individuais únicos e singulares que temos aprendido a superar a individualidade em prol do coletivo

 Somos seres coletivos em sincronização com tudo com o todo, a Totalidade, Deus. Tudo o que pensamos e fazemos gera um karma,  ou seja a parte não necessariamente visível de nossas ações presentes que criam o nosso destino. Nossa meta é estar em sintonia, em sinfonia e sincronizados com a Totalidade, com Brahman o Ser Supremo que vive dentro de cada ser e ao mesmo tempo é tudo o que existe, este é o Dharma , nossa verdadeira missão nesta vida.

Somos produtores de karma tanto karma individual, familiar ou coletivo pois vivemos todos em uma única realidade que aparenta o caos mas que verdadeiramente é uma grande escola para a evolução espiritual

  A lei do Karma é aquela lei que ajusta o efeito a sua causa, ou seja, todo o bem ou mal que tenhamos feito numa vida virá trazer-nos consequências boas ou más para esta vida ou próximas existências. A lei do Karma é imodificável, e é conhecida em várias religiões e crenças  como “justiça divina”.

No Yoga Sutras de Patanjali , meu Mestre ensina no seu Livro 

O  Samadhi Pada , Sutra 24


O que é Deus?

klesa karma vipãka ãsayaih aparãmrstah purusavisesa isvara||24||

Iswara {O Senhor ou Deus} é um purusha especial, sendo intocado pela ignorância ou pelo sofrimento, não sujeito ao carma ou ao samskaras ou ao fruto da ação, e livre do apego || 24 ||

Estas são as quatro primeiras qualidades ou atributos associados ao Senhor:
1-klesha (aflições). Somente a consciência de Deus, sendo estabelecida no Self, traz o estado de paz e liberdade.
2-karma (ação). A raiz de toda ação é a respiração. Quem conhece a arte de respirar como a arte de viver é livre do impacto da ação (auspicioso, inauspicioso ou misturado)
3- vipaka (fruto das ações) estão na forma de prazer ou dor.
4-Ashaya (memória ou apego). É a semente do karma ou suas impressões ou memória.

 https://yogasutrapatanjaliguru.blogspot.com/search?q=karma

 Passo a passo podemos prestar atenção na nossa respiração, buscar a conexão com a alma e através da auto-análise mudar a frequencia do nosso pensamento, nossas palavras, atitudes e demais ações .

No estudo diário do Bhagavad Gita à luz do Kriya Yoga, os ensinamentos de Paramahamsa Hariharananda Giri Paramahamsa Prajnanananda Giri através de livros, discursos e similares.

No Bhagavad Gita mcapítulo 18 versículo 16: 

tatraivam sati kartãram
ãtmãnãm kevalmmtu yah
pasyaty akrtabuddhitvãn
nasa pasyati durmatih

Sendo assim, no entanto, quem vê a si mesmo como o fazedor não vê realmente, porque com entendimento pervertido não se percebe a verdade. (18:16)

https://kriyavansinlove.blogspot.com/2017/05/bhagavad-gita-chapter-1816-moksha.html

 As pessoas conscientes do corpo que pensam que o corpo é o Eu, e que qualquer trabalho que o corpo faz pelo corpo é feito pela alma, estão longe da realidade.

As pessoas com qualidades demoníacas, descem sempre para os centros inferiores, vivendo no ego, vaidade, prazer físico, dinheiro, e assim por diante, indo de mal a pior.

Aqueles que aprendem a controlar o fluxo da mente, sua percepção,  memória e impressões e além disso se fundem ao Atma e Paramatman por instantes, periodicamente ou permanentemente . O Senhor Krishna diz : " Aquele que aprende o controle da respiração, para ir além qualidades negativas, conhece este segredo e pode perceber a Minha presença constante."

 Quando conseguimos perceber que só podemos agir se estivermos vivos e respirando e que na verdade com devoção nos percebemos como meros instrumentos do Amor à vida aos demais seres vivos e  toda a existência, assim nos conectamos ao Ser Supremo e vamos aprendendo a servir aos seus propósitos.

hari om tat sat

Simplesmente deixar fluir

Estamos aqui e agora no estado de consciencia 

Nada pode nos tirar do foco quando estamos conectados ao nosso Eu interior

Os dias vem e vão tudo muda à nossa volta e dentro de nós mas  ao mesmo tempo somos parte de uma consciência superior que permanece e observa

Nossa força é nossa fragilidade

Nossa fragilidade é a falsa ideia de sermos fortes

Somos fortes quando nos conectamos e aí não somos sozinhos , somos parte de uma totalidade humana e divina

Esse pulsar de vida com cores e sons divinos nos faz presentes no presente

Esse latejar de transformação contínua nos faz essencialmente humanos na dor e no prazer

Tudo flui só precisamos deixar fluir 

Eni